Parte das pinturas são dominadas por toda essa tensão. Mas há outras, focadas num cotidiano mais banal, algumas até com toques de lirismo. Sua composição encanta: altamente descritivo, Weight organiza o espaço com um dinamismo muito bem engendrado e por vezes ousado. Uma minúcia quase gráfica enriquece esse universo pictórico. A dança viva dos galhos de suas árvores é um belo exemplo desse grafismo.
Em um aspecto Weight evoca em mim Stephen Lowry (pintor inglês da primeira metade do sec XX) e o nosso Guignard: são artistas eruditos que visivelmente se encantaram com expressões plásticas ditas “primitivas”. Beberam dessa fonte. E dela extraíram algumas soluções formais muito pertinentes, concentrando conteúdos poéticos em potentes narrativas visuais.